Parei em:
-Abby, olhe como trata as pessoas, não é assim que se fala com os amigos e conhecidos.- Disse Landy, envergonhada com a atitude da mocinha.
-Como queria ver minha filha, se´ra que ela também está assim? Oh Deus!!- Murmurou ela novamente.
-Perdoe Raphiel pelo que minha Filha Abby, a malcriada, disse sem pensar.
-Tudo bem senhora, não tem problema...
-Mas claro que tem, mesmo assim falarei com ela, para ver se resolve, "né" Abby?!
-Mãe, o que a senhora disse? Você tem outra filha? O que fez com ela? Por que a abandonou? Vou contar para o Rei, meu Pai Lúcio, o que fizestes não deve ser feito..
-Abbyyyyy..-Gritou alto a Rainha, espantada com a maldade.
-Abby, eu não disse nada!
-Claro que disse, eu ouvi!-Intrigou a mocinha.
-Ande mocinha, vá fazer o que tens de ser feito, e não se esqueça que deve tratar as pessoas bem, independente do que seja.
-Ora mãe, não me engane não há nada para fazer, além do mais, eu não estou preocupada em tratar os outros bem, agora diga do que estava falando pois é isso que quero saber.
-Abby, já disse que nada e a única coisa que disse é que você poderia ser um pouco mais amigável com as pessoas.
-Tudo bem, vou ver se faço alguma coisa que seja um pouco mais interessante.
-Vamos Raphiel, sente-se
-Já estou indo, vamos Raphiel- Disse Paul entusiasmado.- Tongier, por favor pegue as coisas dos jovens e peça a Guiller para limpar e arrumar os quartos com Dani, Marcella e Taly as outras serviçais do castelo.- Pediu a rainha, que sempre falava tranquilamente e com muito respeito a todos.
Sim, senhora.
-Vamos Paul.
Os garotos foram então a caçar, era uma grande alegria aos dois fazerem isto, pois era algo que desde pequenos faziam.
Haviam se passado 17 anos desde que haviam pegado a Fannie, os pais nem se quer souberam dela, tentaram procurá-la, mas praticamente foi impossível encontrá-la.
Todo esse tempo a menina cresceu com a mãe adotiva, que nunca teve a coragem de contar-lhe a verdade, aquela mesmo que lhe assombrava a mente quando pensava, ainda mais pelo carinho que tinha pela doce menina, mesmo não sendo sua filha a amava muito; mais um dia ela havia dito que quando a menina completasse 18 anos contaria a verdade, mesmo que doesse, e esse momento estava chegando.
-Mãe, tudo bem?- Disse a doce menina.
-Olá pequena, tudo bem comigo, e a escola como foi?
-Ah mãe tudo bem, estou ansiosa para as férias, além do mais será meu aniversário, completarei 18 anos, terminarei a escola e poderei ir a Londres, como tínhamos combinado. - Disse a menina empolgada.
-Mãe por que fizeste esta feição?
-Nada filha, é que fico preocupada fazem 8 anos que estamos aqui em Westford, e tenho medo de não saber se virar lá. E também, pode ser que você passe por Chambord - França -, e será perigoso se não lembrardes o caminho.
-Mãe, morei lá 9 anos contigo, não me esqueci de nada e também ali haverão pessoas junto comigo , não será somente eu!
-Ah filha já que é teu sonho, não?
-É sim!
-Então pode sim, só traga as informações para mim!
-Eu as trarei!
Ninchi então fica preocupada, pois tem medo de que quando ela fosse até Londres na volta passasse por Chambord, e lá a reconhecerem ou contassem sua verdadeira história antes dela, ou mais se a deixassem por lá e a verdade fosse dita antes dela?-Não; isso seria terrível, mas mesmo assim a deixaria?- Confusa e super preocupada estava ela nesse momento tão decisivo que poderia ser uma distância que as separariam cruelmente, ou para sempre, tudo isso girava em sua cabeça, sem nem sabe o que dizer, mas com ninguém compartilhava esse momento, pois além dela e seu marido ninguém sabia dessa história.